31/12/16

Round Up do 11º Sweet World - Saint Lucia Saffron Buns




Um dos temas que, pessoalmente, mais surpreendeu foi este da 11ª edição do Sweet World.
Talvez por ser pouco chegada a massas levedas, quando a Lia o sugeriu confesso que não lhes dei o devido valor. Assumo agora que depois de os fazer me rendi completamente.

Os Lussekatter ou Saint Lucia Saffron Buns fecham quase um ano de desafio e demonstram-se cheios de qualidades que desafiaram e encantarem muita gente.
Além de lindos são deliciosamente leves e saborosos. Tem uma personalidade única realmente especial.

Cá ficam as participações de quem aceitou o tema deste mês, e se juntou a nós na execução e aprendizagem sobre este doce típico tão querido por terras suecas.

Assim se fecha mais um ano com um enorme Obrigada que fazemos questão de vos dirigir, acompanhado do desejo de um 2017 fantástico, cheio de estimulantes desafios que nos possam continuar a enriquecer desta forma. Acreditem que adoramos que estejam aí e aceitem as propostas de forma tão dedicada e entusiasmada.

Excelente ano a todos!   



Lia, blog Lemon & Vanilla 



Joana, blog Prazer a Cozinhar 



Ana, blog Anasbageri



Rute, blog L'air du Temps



Marta, blog Intrusa na Cozinha



Paula, blog Sugar Bites



Cláudia, blog Dona Biscoito  



Célio, blog Sweet Gula



Carla, blog Guloso qb



Susana, blog Basta Cheio 




16/12/16

Salame de Côco e Granola










































Salame em tempos de Detox.
É neste delicado contexto, e quase em véspera de Natal, que surge esta versão de um doce tão comum entre nós e tradicionalmente carregado de calorias, daquelas que tanto gostamos.

Numa fase, pré-natalícia, em que me dispus a cumprir 30 dias sem alguns ingredientes específicos, bem familiares ao meu organismo, surgiu a vontade de comer um denso e saboroso rolinho de chocolate. Adaptando, para o efeito, esta receita, já de si mais ligeira em relação às versões tradicionais.

Para quem aprecia sabores intensos esta sugestão não podia ter corrido melhor. Pouco doce e bem envolvente, recheada qb, e com o big bónus de ser saudável, veio preencher aquelas pequenas descompensações que naturalmente surgem num contexto destes.
Não possuindo lácteos, soja, trigo ou açúcar, tendo a cevada de malte a garantir o efeito adoçante, este salame passa para um dos lugares de destaque da lista dos doces saudáveis favoritos. 
  
Mostra-se igualmente perfeito para variar das bolachinhas e dos bombons que tanto gostamos de oferecer na época natalícia, destacando-se como uma interessante e deliciosa alternativa aos doces presentes comestíveis. 
De qualquer das formas experimentem e digam-me vocês! 







































SALAME DE CÔCO E GRANOLA 

Ingredientes
(10-12 fatias)

1 colher (sopa) de cevada de malte
80 gr de manteiga de amêndoa, caseira
3 colheres (sopa) de creme de côco 
60 gr de chocolate negro para culinária (92% de cacau), partido em pedaços pequenos
1 colher (sopa) bem cheia de cacau magro em pó
1/2 colher (sopa) de extracto de baunilha
2 colheres (sopa) de lascas de côco tostadas
60 gr de amendoim torrado
60 gr de noz 
30 gr de sultanas douradas 
100 gr de granola caseira

Preparação

Num recipiente juntar os amendoins, grosseiramente partidos, a noz, as sultanas e as lascas de côco e reservar.
Levar o creme de côco a aquecer juntamente com a manteiga de amêndoa e a cevada de malte, em lume brando, mexendo sempre. Quando começar a ferver, retirar do lume e acrescentar o chocolate, mexendo bem até este derreter completamente. Adicionar o cacau e a baunilha, envolver bem e deixar arrefecer muito ligeiramente.
Misturar os frutos secos e a granola no preparado de chocolate e envolver. Ficará uma pasta algo densa. Transferir para cima de um pedaço de papel vegetal e com as mãos moldar uma forma cilíndrica. Apertar bem o papel em forma de rebuçado a fim de compactar bem o salame.
Levar a refrigerar 3-4 horas ou, idealmente, de um dia para o outro.
Antes de servir, fatiar e retirar o papel.
Conservar no frio.

Nota: Usar creme de côco, não leite de côco. 
Nota_1: Os frutos secos podem facilmente ser substituídos e ajustados ao gosto de cada um.



13/12/16

Entradas Natalícias II (alternativas)












































Da segunda ronda de Entradas pensadas para dar opções alternativas às convencionais que costumam compor as nossas mesas de natal, e no âmbito da parceria com a Carla e o seu espaço "Inspirar & Nutrir", surgem estas duas receitas.
A cor, o sabor e o carácter nutritivo sobressaem e garantem pratos que resultaram interessantíssimos e ultra saborosos.

A salada morna foi das receitas mais deliciosas que já fiz recorrendo à batata doce. Considerando que as palavras "deliciosas" e "batata doce", ditas por mim na mesma frase, seria algo impensável até há uns tempos atrás, é fácil de acreditar que é um petisco mesmo muito bom, além de altamente saciante. Funciona também muito bem como prato principal.

A bolacha de polenta já tem um carácter mais particular e assumo que poderá ser estranhada por alguns palatos. 
A junção do picante à densidade e sabor fornecidos pela dupla alho-espinafre agrada-me especialmente. É uma opção que por cá pode aparecer as vezes que entender pois é sempre muito bem-vinda.

Para uma mesa de Natal e para uma consciência mais ligeiras ficam estas coloridas e saudáveis sugestões. 
Sem gluten, sem lácteos, sem ovos, sem açúcar. Com muito sabor.

Nota: Aqui poderão ver a Parte I deste post.












































ENTRADAS NATALÍCIAS 
(3-4 pessoas)










































SALADA MORNA DE TOMATE, COGUMELOS E BATATA DOCE  

Ingredientes 


2 batatas doce de polpa laranja
10 cogumelos paris médios
6-8 tomates cereja
Azeite
Sumo de laranja
Sal marinho
Pimenta
Alho em pó
Coentros em pó
Coentros frescos 
Mangericão
Pistáchio grosseiramente partidos 

Preparação

Pré-aquecer o forno a 190ºC. 
Cortar os cogumelos ao meio e coloca-los num prato/travessa de ir ao forno, juntamente com os tomates, um fio generoso de azeite, um pouco de sumo de laranja, sal, pimenta, alho em pó, mangericão e os coentros em pó e frescos (reservar um pouco de coentros frescos para usar no fim).
Envolver tudo muito bem e levar ao forno cerca de 8-10 minutos. Na mesma fornada colocar a batata doce a assar, com casca, até a polpa se encontrar cozinhada quando se espeta um palito.
Retirar do forno abrir a batata ao meio, retirar a casca e cortar a polpa aos gomos grandes.
Colocar todos os legumes no prato de servir e salpicar com coentros frescos e o pistáchio.











































"BOLACHA" VERDE PICANTE

Ingredientes 


Azeite
​1 folha de louro​
2 dentes de alho médios
80 gr de espinafres frescos laminados​
1 malagueta seca (sem pevides)​
Sal marinho
Noz moscada
Pimentão doce fumado
2 chávenas (chá) de água
1 chávena (chá) de polenta pré-cozinhada
Sementes de sésamo​ tostadas

Preparação 

Num tachinho colocar um fio de azeite, a folha de louro quebrada, o alho esmagado, a malagueta, uma pitada de pimentão doce e outra de noz moscada. Deixar o alho fritar um pouco para libertar sabor (sem que fique demasiado escuro) e acrescentar os espinafres laminados.
Deixar saltear 2-3 minutos, acrescentar a água e o sal. 
Rejeitar a folha de louro e com a varinha  mágica triturar o espinafre (não é necessário que fique muito bem passado).
De seguida colocar o lume no mínimo e adicionar a polenta em chuva e lentamente, mexendo sempre com um batedor de varas.
Continuar a mexer durante 3-5 minutos para cozinhar um pouco.

Verter o preparado numa forma de silicone ou num qualquer recipiente forrado com película aderente. Alisar a superfície e e
spalhar sementes de sésamo por cima.
Deixar arrefecer completamente. Desenformar e cortar em pedaços a gosto. Servir.​








09/12/16

Caldo de Acelgas, Lentilhas e Cúrcuma









































Em miúda não suportava este tipo de sopa ou caldo.
Tudo que "boiasse" na água que não fosse couve ou feijão me parecia estranho e era automaticamente rejeitado.
Recordo, agora com alguma graça, o nome que dava à sopa branca que a minha mãe gostava de fazer. "Sopa de Legos". Sim, era mesmo o que chamava a algo que continha água e legumes perfeitamente cortadinhos, normalmente batata, cebola e cenoura, a pairar sobre ela. Era uma sopa básica muito leve e muito liquida, sem nenhum tipo de legume a engrossar a base. Levava arroz e era muito frequente fazer-se quando alguém estava doente ou mais debilitado.

E onde este envolvente caldo se aproxima dos meus detestados leguinhos? Apenas no facto dos legumes, que habitualmente trituro para dar consistência à base, aqui se encontrarem inteiros, ou melhor, em pedaços. A batata e a curgete mantém a sua forma e envolvem-se na água e restantes ingredientes.
O corpo desta sugestão ganha outra densidade, para o que as lentilhas tanto colaboraram, e os aromas criados pelos cominhos e pela cúrcuma conferem-lhe uma alma única.
Neste contexto nenhuma confusão me fez a falta de espessura da componente liquida do prato. A riqueza e conjugação dos sólidos utilizados sobrepõe-se a esse pormenor.

Sendo apenas a segunda vez que uso acelgas, assim que as vi chegar no cabaz da Bio Habitus, todas airosas e coloridas, apeteceu-me confecciona-las bem envolvidas num prato de inverno, daqueles intensos e carregados de sabor.
O queijinho fresco da Montiqueijo grosseiramente desfeito por cima do caldo confere um contraste bem interessante e torna o prato ainda mais apetecível.

E com este cocktail de saúde, repleto de nutrientes e vitaminas, sentimo-nos melhor preparados para receber a imponente, instável e caprichosa próxima estação. 
Venha daí, Sr. Inverno!    







































CALDO DE ACELGAS, LENTILHAS E CURCUMA

Ingredientes
(6-8 doses)

Azeite
1 cebola, grande
2 dentes de alho, grandes 
1 curgete, média
2 batatas doce, médias
1 colher café de sementes de cominhos
Sal
Cominhos em pó
Pimenta em pó
4-5 pedaços de raiz de cúrcuma seca
Água ou caldo de legumes
1 chávena de lentilhas, demolhadas
8-10 folhas de acelgas, grandes
2 queijos frescos (tradicional), Montiqueijo
Sementes de sésamo branco

Preparação

Começar por preparar os legumes: descascar e picar grosseiramente a cebola, esmagar os alhos, cortar a curgete em cubos médios (mantendo a casca), descascar e cortar a batata em cubos e cortar grosseiramente as folhas de acelgas. Reservar.
Num tacho largo colocar um fio generoso de azeite, a cebola picada e os alhos esmagados e deixar refogar 2-3 minutos até os legumes começarem a libertar sabor. De seguida adicionar as sementes de cominhos, sal e pimenta e mexer.
Acrescentar a batata doce e a curgete e envolver bem no refogado, deixando cozinhar uns 5 minutos, prestando atenção e mexendo, se necessário, para não agarrar.
De seguida adicionar água ou caldo (até cobrir bem os legumes) as lentilhas e a curcuma. 
Deixar cozinhar cerca de 7-8 minutos até a batata estar quase no ponto.
Acrescentar as acelgas e deixar cozinhar mais um pouco até esta estar cozida mas firme. Adicionar os cominhos em pó, rectificar temperos e retirar do lume.
Servir bem quente acompanhado de queijo fresco grosseiramente desfeito, sementes de sésamo e uma pitada de cominhos em pó.  

Nota: A raiz seca de cúrcuma, que não é muito frequente encontrar, comprei-a numa banquinha de especiarias, frutos secos e óptimas azeitonas, no Mercado do Bom Sucesso.




05/12/16

Brioche Pudding de Abóbora, Especiarias e Chocolate









































Esta é daquelas receitas que dificilmente irei esquecer. E que seguramente irei recordar sempre com um grande sorriso de carinho.
Foi a receita que escolhi para levar ao programa do Porto Canal, Olá Maria, quando me endereçaram o convite.
Num misto de total surpresa e nervosa animação lá escolhi esta sugestão bem simples, claramente sazonal e super reconfortante, para executar fora da minha cozinha.

Apaixonada assumida que sou por bread puddings e por todas as opões do género, achei esta receita ainda mais apelativa ao decidir enriquece-la com um belo puré de abóbora que, definitivamente, lhe conferiu uma alma especial.

Apesar de contar com o brioche de compra e com manteiga que o torna mais saboroso e intenso, para os ingredientes do preparado liquido optei por aligeirar um pouco ao usar mel, que combina na perfeição com os restantes aromas, e o chocolate negro que além de enriquecer imenso nunca o tornará demasiado doce. Tudo bem envolvido e absorvido pela massa de brioche resulta num doce intenso, aromático e envolvente.
Por cá já foi notificado a fazer parte da mesa de Natal. 

Ao Olá Maria, só posso agradecer o interesse por este cantinho, e respectivo convite, cujo programa acabou por coincidir com o mês de aniversário do blog.
Foi sem dúvida um dia muito intenso, entre o nervoso muito pouco miudinho que antecedeu a emissão e a boa sensação de uma experiência bem diferente e super positiva, que devo assumir que adorei. 
Muito Obrigada a todos pela descontracção e simpatia! 

Para quem quiser ver a minha tímida participação, cá fica o video:
http://portocanal.sapo.pt/um_video/uWiVoGccFvCWTpJy0vrg







































BRIOCHE PUDDING DE ABÓBORA, ESPECIARIAS E CHOCOLATE ​


​Ingredientes
(2 doses)

4-5 fatias de brioche
Manteiga qb
3 ovos
1,5 colheres (sopa) de mel
200 gr de puré de abóbora manteiga (cozida com um pau de canela e 3 cascas de laranja)

150 ml de leite ou bebida de sabor a amêndoa
Raspa de laranja
1 colher (café) canela 
1 boa pitada de gengibre
1 pitada de noz moscada
80 gr de pepitas ou pedaços de chocolate negro partido (70% de cacau)
​Amêndoa laminada
Açúcar em pó

Preparação 

Pré-aquecer o forno a 180ºC.
​Torrar ligeiramente as fatias de brioche e barrar com manteiga de um dos lados. Aparar as extremidades e cortar em pedaços pequenos.​ Colocar num recipiente, juntar o chocolate e reservar.
Bater os ovos, juntar o puré e o mel e envolver bem. Acrescentar o leite, a raspa de laranja e as especiarias e mexer até estar perfeitamente envolvido.
Untar duas canecas ou taças individuais com manteiga, distribuir o brioche com chocolate e verter o preparado liquido por cima, tendo o cuidado de cobrir todos os pedaços. Deixar a absorver/repousar cerca de 20 minutos (este passo é essencial para um bom resultado final).
Espalhar amêndoa por cima e levar ao forno cerca de 15-18 minutos, até estar firme e douradinho na superfície.
Retirar do forno, polvilhar com açúcar em pó ou regar com um molho de canela e servir quente ou morno.

Nota: Pode ser feito e servido assim de forma individual, em tacinhas ou canecas, ou então numa travessa de forno que lhe confere um carácter mais familiar. Perfeita para figurar na mesa de Natal.